Título
Todos os dias de paupéria: Torquato Neto e a invenção da Tropicália
Autor
Edwar de Alencar Castelo Branco
Apresentação
"[...] o que faço neste livro é propor que a década de 1960 no Brasil é o período de emergência da pós-modernidade brasileira, na medida em que é exatamente neste período que se pode visualizar os estertores de um segmento jovem que vive e cria sob uma compressão do espaço e do tempo e, ao mesmo tempo, sob a pulverização da vida, que crescentemente se virtualiza. A sociedade do espetáculo, do Guy Debord, é para mim um sintoma muito agudo deste tempo. A obra de Torquato Neto e especialmente a sua trágica morte é, igualmente, um potente vestígio a partir do qual se pode falar desta necessidade histórica, sentida por parcelas da juventude urbana brasileira, de inventar novas linguagens em amplos campos, desde a poesia e a música até o cinema."
(Edwar de Alencar Castelo Branco)
"A releitura dos anos sessenta feita por esta obra, só não é mais importante do que a releitura que ela faz do movimento tropicalista, do que o questionamento a que submete a verdade tropical e outras verdades cristalizadas [...]. Ao invés de construir uma [...] explicação “definitiva” ou “pessoal” para o movimento, o texto desmonta as versões cristalizadas sobre o período, retornando-as à dispersão constitutiva dessas versões organizadas e arrumadas do movimento. Descentrando o papel da música popular e do grupo baiano, notadamente de Caetano Veloso e Gilberto Gil, no tropicalismo, Edwar nos permite ver outras virtualidades, [...] figuras malditas e mal vistas como José Agripino de Paula, Tom Zé, Jomard Muniz de Brito e o próprio Torquato Neto, ele nos possibilita enxergar a tropicália como um movimento não só mais amplo e plural, como heterogêneo e fragmentado, longe de poder ser dito facilmente por qualquer definição ou conceito identitário, dificilmente podendo ser representado por qualquer grupo de pessoas ou centralizado na produção de qualquer artista."
(Durval Muniz de Albuquerque Júnior)
Formato
16x23
Número de páginas
240
ISBN
978-65-5380-174-5
Editora
Cancioneiro
Número da edição
2
Ano de edição
2024
Sobre os organizadores
Edwar de Alencar Castelo Branco é doutor em História. Professor titular da Universidade Federal do Piauí e bolsista de produtividade do CNPq.
top of page
R$ 60,00Preço
Títulos semelhantes
bottom of page